domingo, 12 de julho de 2009

COURTNEY LOVE

Courtney Love, nasceu em São Francisco no dia 09 de Julho de 1964, filha de Hank Harrison (escritor e ex-roadie do Grateful Dead e Linda Carroll (terapeuta, sobrenome de solteira Risi). A mãe de Courtney é filha da escritora americana Paula Fox mas foi entregue para adoção e foi criada por um casal de descendentes italianos. Em 17/01/2006 escreveu uma autobiografia, "Her Mother's Daughter: A Memoir of the Mother I Never Knew and of My Daughter, Courtney Love", sobre as relações turbulentas com sua filha mais velha e com Fox. Após a separação dos pais, em uma batalha legal que envolveu acusações de que Hank teria dado LSD para a criança aos quatro anos, Courtney passou sua infância mudando-se incessantemente com a mãe e seus quatro sucessivos maridos. Dois deles adotaram-na, que passou a possuir temporariamente os nomes Courtney Michelle Rodriguez e Courtney Michelle Menely. Durante a infância, Love chegou a viver em comunidades hippies no estado de Oregon e estudar em um colégio interno na Nova Zelândia.



Courtney era uma criança perturbada e irascível, e durante a adolescência passou diversos períodos em centros de detenção de menores e reformatórios, geralmente por furto (um caso notório foi quando, aos doze anos de idade, roubou uma camiseta da banda Kiss em uma loja Woolworth's). É dito que Courtney apaixonou-se pela música no reformatório, quando um residente deu-lhe fitas dos Sex Pistols, The Clash e Pretenders. Fora da detenção, Courtney afastou-se da família e foi emancipada aos dezesseis anos, com direito a uma pensão mensal de 800 dólares estabelecida por seus avós maternos adotivos. Foi nesta época que Courtney iniciou seu intenso uso de drogas. Fumava cigarros e bebia desde os doze, e acabou desenvolvendo uma preferência por barbitúricos, passando depois para a heroína quando mudou-se para São Francisco. No fim de sua adolescência, Courtney envolveu-se com o mercado do sexo ao tornar-se stripper, e decidiu viajar o mundo. Despiu-se em clubes privês do Japão e de Taiwan dentre outros lugares.
Seu nome artístico de Courtney Love foi dado por Rozz Rezabek , vocalista da banda Theatre of Sheep, de Portland, quando brincava com o falso sotaque britânico dela.
Ao retornar a Portland, conheceu Kat Bjelland, futura líder do Babes in Toyland. Ambas mudaram-se para São Francisco e, junto com Jennifer Finch, que viria a tornar-se baixista do L7, formaram a banda Sugar Baby Doll, que durou pouco tempo. No fim da década de 1980, Courtney ainda foi vocalista do Faith No More por um curto período, e viria a morar em Minneapolis (onde tocou baixo no Babes in Toyland por alguns meses), no interior do Oregon e mais uma vez em Portland antes de estabelecer-se em Los Angeles e iniciar sua carreira artística de verdade. Nessa época, Courtney resolveu tentar a sorte como atriz e, depois de fazer figuração em seriados como "Quincy" e "Chips", fez um teste para o papel de Nancy Spungen no filme biográfico "Sid & Nancy", dirigido por Alex Cox. Não consegue classificar-se, mas Cox se impressiona com a performance de Courtney, a ponto de colocá-la no filme como Gretchen, amiga de Nancy. Poucos meses depois, Love ainda interpretou a personagem Velma no trabalho seguinte do diretor, "Straight To Hell (Direto Para o Inferno)", que foi um fracasso de bilheteria e crítica.

Courtney então passa a viver precariamente em Nova Iorque, nutrindo-se de sanduíches e ganhando peso assustadoramente, até conseguir voltar a Portland e ser expulsa da cidade em pouco tempo, depois de organizar um show com grandes bandas e gastar todo o dinheiro da bilheteria. Retorna a Los Angeles em1988, onde divide um apartamento com um baterista e volta a fazer strip-tease para seu sustento. Fica sabendo de uma proposta de trabalho no Alaska e passa três gelados e escuros meses despindo-se em Anchorage. Foi quando converteu-se ao budismo de Nitiren, dedicou-se abstinadamente a compor nas horas vagas e teve um "insight" de que iria montar uma banda e ser definitivamente famosa. Obstinada, pegou um ônibus para Portland (onde conheceu o líder do Nirvana e seu futuro marido,Kurt Cobain, num show -- os dois só viriam a ter um relacionamento alguns anos depois), morou com o dono de uma loja de discos por três meses, aprendeu a tocar guitarra e rumou novamente para Los Angeles, onde colocou anúncios em revistas de música dizendo que "quero montar uma banda. Minhas influências sãoBig Black, Sonic Youth e Fleetwood Mac."

Uma das pessoas que responderam ao anúncio foi o guitarrista Eric Erlandson, que trabalhava na Capitol Records. A primeira baixista da banda foi a vizinha de Courtney, Lisa, e depois a primeira formação foi estabelecida com Jill Emery (baixista) e Caroline Rue (baterista). O nome da banda tem origens anacrônicas. Há quem diga que é pela conotação sexual de "buraco" (já que Courtney ainda era stripper na época, trabalhando na famosa casa Jumbo's Clown Room), outras fontes afirmam que vem de uma linha da tragédia grega "Medéia", de Eurípedes, e ainda há relatos de que, na verdade, a origem é de uma frase da mãe de Courtney, que teria dito para sua filha que ela "não poderia carregar um BURACO dentro de si para sempre".

Após três meses de ensaio, o Hole fez seu primeiro show em Hollywood e logo começou a tocar em bares e clubes por toda a área ao redor de Los Angeles.


Primeiro disco do Hole - Pretty On The Inside, lançado em setembro de 1991. Gravado em apenas quatro dias e produzido por Kim Gordon, baixista do Sonic Youth, eDon Fleming, da banda Gumball, o álbum apresentava um som punk pouco convencional, cheio de microfonias, gritos e letras selvagens. Pretty On The Inside recebeu críticas positivas nos Estados Unidos e na Europa, chegando a estar presenta na lista dos 20 melhores discos da revista britânica Melody Maker. O single "Teenage Whore" foi escolhido o single da semana da revista Spin e entrou no top 20 da parada inglesa de singles independentes.
Em outubro de 1991, após um relacionamento de idas-e-vindas com o vocalista dosSmashing Pumpkins, Billy Corgan, Courtney reencontra Kurt Cobain e tornam-se amantes. Em novembro, o Hole inicia uma turnê pela Europa. Nessa época, a vocalista já começava a compor material que viria a figurar no segundo disco da banda, como "Doll Parts" e "Violet". No entanto, Courtney resolve interromper provisoriamente as atividades da banda, priorizando sua relação com Cobain.


Devido ao casamento de Courtney com Kurt (que despontava para o estrelato com sua banda após o lançamento do disco Nevermind), ao comportamento ousado da cantora e à ligação do casal com heroína, exposto escandalosamente na revista Vanity Fair -- e que custou temporariamente a guarda da filha dos dois -- o Hole acabou chamando a atenção da indústria fonográfica americana, que disputaram a tapa o contrato da banda.



No período entre as gravações e o lançamento do próximo disco da banda, Kurt Cobain afundava a passos largos. O marido de Courtney estava cada vez mais debilitado devido a dores estomacais crônicas e ao uso abusivo de heroína, além de uma progressiva depressão e uma estranha fixação por armas de fogo. Em fevereiro de 1994, o álbum, oportunamente intitulado Live Through This, estava finalizado e com data de lançamento prevista para abril. Pouco antes do lançamento oficial, o álbum foi aclamado por diversos críticos de revistas musicais, como Spin e Rolling Stone. Caracterizava-se também por uma mudança nos rumos musicais do Hole: saem as microfonias e as canções desordenadas, e entram músicas bem estruturadas, com uma veia pop latente (sem deixar de ser punk), e a mistura de momentos de pura distorção e gritos com cantos suaves e violões. Na mesma época, o Nirvana fazia uma turnê européia e Courtney foi acompanhar o marido emRoma, onde Kurt teve uma overdose de champagne com Rohypnol, um tranqüilizante considerado posteriormente "a droga do estupro", já que dopava a pessoa de tal forma que passou a ser utilizado por maníacos sexuais nas suas vítimas. Na chegada da ambulância ao hospital, Courtney foi acusada de agredir um paparazzi. De volta a Seattle o estado de saúde de Kurt continuava a se deteriorar, e Courtney temia por sua vida. Em março de 1994, o casal se internou em centros distintos para tratamento de usuários de drogas em Los Angeles. Alguns dias depois, Kurt Cobain fugiu de sua clínica e, no dia 08 de abril, foi encontrado morto com um tiro na cabeça, num sótão acima da garagem da casa de ambos em Seattle. A sua morte é ainda algo ambiguo, há quem considere que possa ter sido homicídio, apontando pra Courtney como responsável. Em uma sincronia infeliz, Live Through This foi lançado duas semanas após a tragédia.



Depois desse álbum o Hole ainda lançou o Celebrity Skin, que foi bem recebido por público e crítica e, assim como Live Through This, também alcançou a marca de 1 milhão de cópias nos EUA. Um ano depois, o futuro do Hole tornou-se incerto, quando, descontente com o tratamento recebido pela Geffen após a fusão com a Universal Music, a banda decide romper o contrato com a gravadora. O resultado foi uma batalha jurídica que perdurou até 2001, dando ganho de causa para a banda. O contrato do Hole com a Geffen previa o lançamento de mais cinco álbuns. O argumento de Courtney era que uma lei do Estado da Califórnia garantia a qualquer trabalhador o direito de romper um contrato após um prazo de sete anos (o Hole havia assinado com a Geffen em 1992). Estimulada pelo processo, a cantora partiu para uma verdadeira cruzada pelos direitos dos artistas, organizando palestras e defendendo a idéia em discursos e entrevistas. O Hole também disponibilizou várias MP3s de material raro gratuitamente em seu website.



Com a impossibilidade de seguir adiante com o Hole (cujas atividades foram oficialmente encerradas em 2002), Courtney partiu para outros projetos. Em carreira solo lançou o America's Sweetheart em 2004 e está previsto para 2009 o lançamento do segundo álbum solo entitulado Nobody´s Daughter.


Courtney vive atualmente com sua filha em Los Angeles.

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